Produtores ocupam territórios ancestrais, praticam "grilagem verde" e geram desmatamento e conflitos
CORRENTINA (BA) E GILBUÉS (PI) A manhã de sábado começa agitada no centro de Correntina (BA), a 918 km de Salvador, na divisa com Goiás. Munidos de martelos e serrotes, cerca de 50 homens se reúnem em uma praça enquanto aguardam a chegada da polícia e se protegem do sol forte do cerrado sob chapéus de palha e bonés.
Eles fazem parte de diferentes comunidades de fundo e fecho de pasto, prática tradicional em que animais são soltos para se alimentar em áreas públicas de uso coletivo, e serão escoltados para reconstruir um rancho centenário. A estrutura ficava em uma região disputada por fazendeiros dentro do território reivindicado pelo fecho da Vereda da Felicidade.